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Racismo no Futebol: problema que vai além das quatro linhas

Por incrível que pareça, em pleno 2023, parece absurdo termos que abordar o racismo no futebol. Um assunto que nem deveria ser pauta se cada cidadão fosse munido de educação e respeito ao próximo.

No entanto, infelizmente, não só o futebol ainda é palco de atos de racismo, discriminação e intolerância, como esses episódios têm se tornado cada vez mais frequentes e recorrentes nos estádios mundo afora.

Como 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra, o artigo de hoje do Rolê da Bola vai fazer uma reflexão sobre o racismo no futebol, como ele impacta na sociedade e quais as formas de combate a essa prática criminosa. Então entre com a gente nesse rolê na educação e levante a bandeira do combate ao racismo você também!

Imagem: Freepik

O que é racismo?

Racismo é a crença de que uma raça é superior a outra. É uma forma de discriminação que pode levar a atos de violência, exclusão e segregação.

No futebol, o racismo pode se manifestar de diversas formas, como:

  • Ofensas verbais: gritos de macaco, insultos racistas, etc.
  • Assédio físico: cusparadas, empurrões, etc.
  • Ação discriminatória: segregação na entrada em estádios, exclusão de jogadores, etc.

Todas essas formas, por menores que possam parecer, são atitudes que ferem a dignidade humana. Não apenas de quem sofre as ofensas, mas de toda uma sociedade consciente, que é derrotada a cada ato discriminatório ocorrido.

Impacto do racismo no futebol

O racismo no futebol tem um impacto negativo na sociedade como um todo. Ele contribui para a manutenção de uma cultura de discriminação e intolerância, que prejudica a inclusão e a igualdade.

Além disso, o racismo no futebol pode atingir diretamente a carreira dos atletas. Jogadores negros que sofrem racismo se sentem intimidados, desvalorizados, desmotivados e, principalmente, desrespeitados, o que pode afetar seu desempenho e até levá-los a desistirem do esporte.

E quer ver como o racismo pode ser prejudicial? Dê uma breve revisitada na história e faça um simples exercício de imaginação sobre o que seria do nosso amado futebol sem a figura do negro Rei Pelé, por exemplo…  

Discriminação: um gol contra toda sociedade

Como dissemos, a discriminação não só afeta os jogadores em campo, mas reverbera por toda a sociedade. Quando um atleta é alvo de insultos racistas, a mensagem é clara: a diversidade não é bem-vinda.

Com a discriminação, jogadores negros, em particular, podem enfrentar mais dificuldades para conseguir contratos ou oportunidades de jogar em times de elite.

Isso pode resultar em menos representatividade negra nas equipes de futebol de alto nível e, por sua vez, impactar negativamente a diversidade no esporte. Agora pare e pense: é isso mesmo que o futebol quer pregar?

Formas de combate ao racismo no futebol

O racismo no futebol não é um problema novo. Na verdade, tem sido um problema presente no esporte há décadas e, embora haja algumas ações sendo tomadas para combatê-lo, elas ainda se mostram muito incipientes.

Existem diversas formas de combater o racismo no futebol, dentre elas estão:

  • Educação: é fundamental educar as pessoas sobre o racismo e seus impactos. Isso pode ser feito nas escolas, na mídia e em outros espaços de formação.
  • Leis: é importante que leis sejam criadas e aplicadas para punir os atos de racismo no futebol.
  • Ações voluntárias: indivíduos e organizações podem tomar ações voluntárias para combater o racismo no futebol denunciando atos de racismo, criando campanhas de conscientização e apoiando iniciativas que promovam o respeito, a inclusão e a igualdade.

Embora campanhas e posicionamentos midiáticos contrários ao racismo, programas de conscientização e educação não apenas para os envolvidos, mas para a sociedade como um todo, e notas de repúdio ajudem, elas não têm tido tanto reflexo prático. É preciso ir além.

Com Racismo Não Tem Jogo: a necessidade de ações mais incisivas para a mudança

No Rolê da Bola acreditamos que é preciso mais do que palavras para combater o racismo e a campanha “Com Racismo Não Tem Jogo”, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é um exemplo de ação efetiva, que une jogadores, torcedores e instituições esportivas contra a discriminação racial, afinal, a mudança começa no campo e se estende para além dos estádios.

Mas ainda é muito pouco perto do tamanho do problema! Enquanto não houver punições rigorosas e exemplares contra os comportamentos racistas, com suspensões, proibições, responsabilização criminal séria, multas, perda de pontos e até mesmo exclusões das equipes dos campeonatos, vamos continuar sendo obrigados a presenciar esse tipo de crime nos estádios.

Atitude nas Arquibancadas: o papel fundamental da torcida

A luta contra o racismo no futebol não é responsabilidade apenas dos jogadores e das instituições esportivas. A torcida desempenha um papel crucial.

É hora de cada torcedor assumir a responsabilidade de criar um ambiente inclusivo nas arquibancadas, onde todos se sintam bem-vindos, independentemente de sua origem ou cor de pele.

E, mais do que isso, transformem hostilidade em hospitalidade, pois não há maneira melhor e mais categórica de combater atos racistas do que educando e transformando o cidadão.

Dia Nacional da Consciência Negra: integrando o 20 de Novembro ao jogo

O Dia Nacional da Consciência Negra é uma data importante para a reflexão sobre o racismo e a discriminação no Brasil. Ela simboliza a compreensão da importância da cultura e da história dos negros no mundo.

Criada em 20 de Novembro de 1971 por iniciativa do Grupo Palmares, a data corresponde ao dia da morte do líder negro Zumbi dos Palmares, e só foi instituída em todo o Brasil a partir de 2011. Quer saber a história completa? Clique aqui.

Dentro do nosso estilo de vida no futebol, esse dia não é apenas sobre marcar gols. É sobre marcar posições contra o racismo, promovendo uma cultura esportiva que reconhece e valoriza a diversidade.

Racismo no Futebol: raízes profundas, impacto amplo

O racismo no futebol é um problema que precisa ser combatido de forma ativa. É fundamental que todos nós, apaixonados pelo futebol, nos posicionemos contra essa prática criminosa.

O Rolê da Bola está comprometido com o combate ao racismo no futebol. Acreditamos que esse é um esporte para todos e que todos devem ser tratados com respeito, independentemente de sua raça, etnia ou classe social.

E você? Como enxerga o papel do esporte na promoção da igualdade racial? Compartilhe suas ideias nos comentários e faça parte dessa conversa transformadora.

Rolê da Bola: o seu guia completo no universo do lifestyle de futebol

Quer explorar outros conteúdos educativos e envolventes sobre o estilo de vida no futebol? Na home do blog, especialmente na categoria Rolê na Educação, o RDB já debateu, por exemplo, sobre a inclusão das Pessoas com Deficiência no mundo da bola e a importância da Educação no contexto do futebol, que você pode ler clicando aqui.

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Eder Henrique de Paula Castro Oliveira

Redator e Roteirista desde 2005, neto e filho de ex-jogadores, que tem a paixão pelo futebol correndo em suas veias e trocou o talento dos pés pelas mãos pra produzir conteúdos relevantes, divertidos e que valorizem a criatividade da galera que faz parte desse Rolê da Bola.